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Foto do escritorvansuzuki9

Titulo original: Minuscule: Valley of the Lost Ants

Duração: 1h 28min

Lançamento: 22 de janeiro de 2015 (Brasil)

Direção: Thomas Szabo, Helene Giraud

Nacionalidade: França e Bélgica.


O que pode ser mais cobiçado no mundo dos insetos que uma caixa cheia de açúcar? Pois é exatamente o que as formigas pretas encontram em meio a um piquenique e a aventura começa! Rapidamente as formigas vermelhas e as pretas disputam para saber quem finalmente ficará com o “ouro” açucarado, e uma joaninha desafortunada se vê no meio desta disputa (Figura 1). O filme vai retratando as formigas vermelhas como más ou simplesmente muito mais agressivas que as pretas fazendo, quem sabe, uma referência a formiga-de-fogo (Solenopsis sp.), uma espécie de formiga muito agressiva e com picada dolorosa (Figura 2). A pobre joaninha, agora perdida da própria família, opta por ajudar as formigas pretas nesse embate e o desenrolar desta trama vai depender muito dela. Esse filme possui um enredo bastante simples, mas consegue reter a atenção do telespectador pelo detalhamento dos cenários, da ressignificação que as formigas dão para alguns objetos do cotidiano num microuniverso que nós não imaginávamos.



Diferente dos demais filmes que retratam a vida dos insetos, Minúsculos não possui falas e os diretores optaram por uma humanização do comportamento dos insetos. De fato, o mais impressionante deste filme é seu estonteante cenário, que é um modelo pré-gravado com animações 3D dos insetos (Figuras 3 e 4).



Os criadores de Minúsculos também possui um canal no YouTube para divulgar curtas sobre Os Minúsculos, os vídeos tem de 1 a 3 minutos e contam histórias individuas, como Natal, Páscoa etc.


O filme Minúsculos pode ser alugado ou comprado pelo site https://www.looke.com.br/filmes/minusculos-o-filme

Em 2018 os criadores de Minúsculos anunciaram a lançamento de um segundo filme, Minuscule: Mandibles from far away, que é a continuação da aventura. Em 2019 foi estreado na França e o lançamento no Brasil está previsto para 2020.


Texto elaborado pelo bolsista Wesley dos Santos Mateus.

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Texto elaborado pela bolsista Jady Berreta


No meio ambiente os insetos são utilizados como fonte de alimento para vários animais, como aranhas, morcegos, mamíferos roedores e aves insetívoras. Hoje em dia, a antropoentomofagia é cada vez mais considerada como uma alternativa alimentar para os seres humanos. Essa prática é realizada com o consumo de alguns insetos, extraídos da natureza ou criados em cativeiro. O consumo pode ser feito pela ingestão do próprio inseto adulto, de suas larvas, pupas ou algumas vezes de seus ovos.

Esta prática é pouco explorada no mundo, principalmente por boa parte da população ter aversão ou medo dos insetos, porém já foram comprovadas suas qualidades nutricionais que chegam a ser maiores que as carnes (bovinas, suínas, de frango e peixe) que estão presentes na alimentação diária (Figura 1). Os insetos são fonte de proteínas e minerais importantes para o nosso organismo e melhor ainda, são mais baratos para produção, pois não requerem muito espaço e nem muito consumo de água quando comparados às outras fontes de proteínas animais.



Além de diminuir alguns danos causados pela produção de carne bovina, por exemplo, a entomofagia poderá também incentivar a conservação da biodiversidade, mas claro que ainda há um longo caminho pela frente para aprimorar as tecnologias de produção de insetos e torná-los mais aceitáveis, como a produção de farinhas enriquecidas, chocolates com insetos, dentre outras opções (Figura 2).



Referências:

Entomofagia, o consumo de insetos por seres humanos, artigo de Roberto Naime, in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 5/12/2019. Disponível em em:<https://www.ecodebate.com.br/2019/12/05/entomofagia-o-consumo-de-insetos-por-seres-humanos-artigo-de-roberto-naime/>. Acesso em: 09 de Abril de 2019.

ROMEIRO,T.T.; OLIVEIRA,I.D.; CARVALHO, E.F. Insetos como alternativa alimentar: artigo de revisão. Contextos da Alimentação – Revista de Comportamento, Cultura e Sociedade Vol. 4 no 1 – setembro de 2015. Disponível em:< http://www3.sp.senac.br/hotsites/blogs/revistacontextos/wp-content/uploads/2015/10/54_CA_artigo_ed_Vol_4_n_1_15_2.pdf>. Acesso em: 09 de Abril de 2019.

CHEUNG,T.L.; MORAES, M.S. Inovação no setor de alimentos: insetos para consumo humano. INTERAÇÕES, Campo Grande, MS, v. 17, n. 3, p. 503-515, jul./set. 2016. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/inter/v17n3/1518-7012-inter-17-03-0503.pdf>. Acesso em: 09 de Abril de 2019.

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Foto do escritorvansuzuki9

Texto elaborado pelo bolsista Wesley dos Santos Mateus


A coloração nos insetos não é dada ao acaso, é o resultado da seleção natural e da evolução, principalmente para evitar os predadores. Essa coloração pode ser produzida ou adquirida através da alimentação. Neste caso, a coloração é chamada de coloração química e as substâncias mais comuns são: melanina, carotenóides, antoxantinas, antocianinas e riboflavinas. Algumas colorações são do tipo estrutural, como estrias na cutícula.

Existem diversos tipos de coloração associadas à defesa:

1 – Coloração ocultante ou críptica, conhecida também como camuflagem: É a coloração em que o inseto se camufla no ambiente onde inserido, por exemplo, um bicho-folha, que se parece com folhas (Figura 1).

2 – Coloração aposemática ou de advertência: Um tipo de coloração para alertar, quase um “cuidado, eu sou bem perigoso!”, por exemplo, algumas lagartas tóxicas ou urticantes. As principais cores são vermelho, amarelo, preto e azul. Diferente dos insetos com coloração críptica, os aposemáticos podem ficar expostos aos possíveis predadores (Figura 2).

3 – Comportamento deimático: É um conjunto de intimidação, e os insetos o fazem estereotipando a postura e o comportamento de outros indivíduos. Assumem uma coloração com “desenhos” grandes, por exemplo, mariposas com grandes manchas ocelares que parecem olhos de coruja nas asas (Figura 3).



4 – Mimetismo Batesiano – Uma espécie que seria palatável, ou seja, que poderia servir como presa à uma ave insetívora, imitando uma que não poderia, por exemplo, espécies de borboletas da Família Riodinidae imitando as não-palatáveis da subfamília Ithomiinae (Figura 4).

Este comportamento foi estudado por Henry Walter Bates, após um trabalho com florestas tropicais na América do Sul. Ele observou que ambas espécies, palatáveis e impalatáveis, devem ser simpátricas, ou seja, viverem juntas na mesma época do ano e no mesmo espaço geográfico. Observou também que a impalatável (a espécie modelo) deve ocorrer com maior frequência que a imitadora (a espécie mímica).

5 – Mimetismo Mülleriano – É um grupo de indivíduos de espécies diferentes não-palatáveis que estão protegidas por mimetizarem umas às outras (Figura 5).

Este comportamento foi estudado por Fritz Müller. Ele observou que espécies de borboletas impalatáveis se imitavam para criar um padrão de cor e forma, sempre associadas a um odor e gosto ruim, protegendo assim, ambas espécies. Assim como Bates, Müller observou que as espécies devem ser simpátricas, mas neste caso podem existir na mesma frequência.



Referência:

Apostila de Entomologia Básica, UFMG – 2017

MIMETISMO MULLERIANO. Planeta Inseto. Instituto Biológico (IB). Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. Disponível em: https://planetainseto.com.br/curiosidades/mimetismo-mulleriano/ Acesso em abril de 2020.

MIMETISMO BATESIANO. Planeta Inseto. Instituto Biológico (IB). Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. Disponível em: https://planetainseto.com.br/curiosidades/mimetismo-batesiano/

Dieckman, U. & Doebeli, M. (1999). Sobre a origem das espécies por especiação simpatrica. Nature 400, 354-357. Disponível em: https://doi.org/10.1038/22521 Acesso em abril de 2020.

Speed, M.; Brockhurst, M.; Ruxton, G. (2010) Os benefícios duplos do aposematismo: evitar predadores e coleta melhorada de recursos. Evolution 64: 1622-1633. Disponível em: https://olinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1558-5646.2009 .00931.x Acesso em abril de 2020.

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